quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Não se enganes, pois a dúvida é momento de aprendizado. Quem não tem dúvidas não aprende. Desistir de algo difícil para ficar na facilidade. Não lhe traz o que tanto almejas. Mas vai buscar, o tempo não é inimigo. Ele é Mestre, acho que meu relógio está adiantado mesmo. Por mais que eu caminhe nunca me alcanças.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MÃOS QUE CURAM

O sonho de um poeta nasceu em horas de amor
O poeta colocou na palma da mão o seu mundo
Transformou metáforas em resolução
Vênus trouxe a beleza,
O sol a aqueceu,
A lua deu-lhe sonhos
E os homens nada fizeram
Por isso, estrelas se perdem no céu
E somente poetas podem encontrá-las
Pois as têm na palma de suas mãos
O mundo todo pode ser meu ou seu
Quem sabe NOSSO!

O INFINITO AZUL

É no infinito azul que está o amor de Deus! De tudo que fazemos na vida a única certeza é não saber... Aonde vamos chegar e nem quando iremos parar. A existência por si só já é MARAVILHOSA de se ter! "Olhe para o horizonte é lá que está o amor de Deus... Peça licença, coloque os pés na água, deixe as ondas de tocar... Eis o abraço de Deus" "O que Deus Une ninguém nunca separa"

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

AO MESTRE COM CARINHO

Há sempre um "mestre" para nos ensinar coisas de outros...
Coisas da vida, da ciência, matemática, da arte, cultura, etc.
Esses seres maravilhosos que se dedicam a ensinar...
São iluminados!
Cada um de nós teve a mão de um mestre na vida.
Professores do mundo, nosso muito obrigada!

EU SOU MÚSICA

Eu, sou pássaro cantante que alegra as manhãs.
Eu, sou valsa nas tardes chuvosas.
Eu, sou o tom Maior nas noites claras.
Eu, sou melodia calma nos dias mais difíceis.
Eu, sou melancolia nas notas mais doces.
Eu, sou imensidão nos diversos tons.
EU SOU MÚSICA para quem gosta de mim.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

UM LUGAR

Existe um lugar no tempo de ser...
Que nada além alma funciona...
Por mais belo que seja o que fala ou escreva...
É preciso parar e refletir.
Existe um momento em nossa vida...
Que a alma precisa de paz.
Esse momento é SAGRADO!
de UM LUGAR só nosso!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tem algo ALÉM que traz de volta qualquer SORRISO!!!

sábado, 10 de outubro de 2009

NOSSAS CRIANÇAS

Crianças, mestras do mundo!!! Elas nos ensinam o verdadeiro valor da vida... A COMPANHIA! PRESENÇA! ATENÇÃO!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DOR

"NENHUMA DOR SERÁ PRA SEMPRE,
MAS ELA EXISTE E PRECISA SER RESPEITADA!"
EXISTE SEMPRE UMA CAUSA E UM CAUSADOR, ASSIM COMO EXISTEM A COMPREENSÃO E O DESPREZO!
"CERTO MESMO É REFLETIR ANTES DE MACHUCAR"
"BOAS PESSOAS MERECEM MAIORES CUIDADOS"
UMA HORA, COMO ELA VEM, TAMBÉM VAI EMBORA, SAIBA ESPERAR!

RELATO

Quando eu estava em casa pensava no que as pessoas me falavam sobre quietude e falta de participação, mas não tinha nenhuma força para acompanhar outras pessoas, parecia que eu era apenas mais um no meio da multidão. Eu ficava em casa assistindo tv, entre o conforto das palavras de meus pais e o medo do julgamento das pessoas desconhecidas. Detestava apresentar trabalhos escolares, nunca gostei de ser avaliado diretamente por alguém. Para os meus colegas eu era motivo de piadas, meu pseudônimo era sempre pronunciado “o esquisito”. Assim eram meus dias, fugindo das pessoas, dos encontros, da exposição. Havia conforto no não participar, mas momentaneamente, depois me sentia vazio. Eu tremia, suava e meu coração acelerava diante de situações novas, por mais que eu soubesse que aquela pessoa era tão igual ou parecida comigo, sempre achava que era ela quem detinha as melhores informações e me esquivava de dialogar. Passou o tempo e a minha tristeza já não cabia mais dentro de mim, era um vazio tão enorme que eu nem sabia a diferença entre alegria e tristeza. Eu era apenas um garoto quieto, mas queria ser muito mais, porém não me permitia. Amigos, namorada, trabalho, estudo, quase tudo tão distante quanto a possibilidade de se ter alegria. Resolvi que deveria encarar e mudar radicalmente. Peguei um dinheiro, comprei umas roupas e saí para as baladas. Eu bebi muito, experimentei uma droga qualquer e até consegui agarrar uma garota que estava tão bêbada quanto eu. Ali eu vi que poderia sair alguma coisa e comecei a fazer isso quase todos os dias, até que conheci uma garota muito especial e resolvi convida-la para sair e ela aceitou. Começamos a sair e eu deixei a bebida de lado, passei a me integrar ao grupo dela, a fazer o que ela me pedia, a comprar coisas para ela e acima de tudo, passei a sufocá-la. Ela me largou e eu entrei em pane, a tristeza voltou mais forte do que antes, eu chorava sem parar e passei a ser aquele “esquisito” novamente. Eu tentei me matar, mas pensei em meus pais que sofreriam muito com tudo isso. Eu não me conformava com tudo isso e passei a me questionar e a desesperadamente procurar respostas, entrei na internet e achei dezenas de possibilidades, mas acabei novamente em casa assistindo a televisão. Eu comecei a beber e a fumar. Arrumei um emprego e me dediquei a ele e também as noites, as garotas, as bebidas e as drogas. Aquela garota quis voltar e eu aceitei. Começamos a nos relacionar tendo como base os xingamentos e as cobranças e eu continuava infeliz.Talvez essa seja minha sina e eu jamais terei condições para mudá-la. Eu tenho certa fobia, não consigo ficar no meio de multidões sem suar, ter palpitações, vontade de sair dali. Penso no futuro e faço tudo para que nele eu esteja bem, mas nunca funciona. Eu tenho diversos medos: de errar na frente dos outros, de não conseguir trabalhar bem. Eu procuro evitar tudo que me leva a pensar que posso ser julgado, qualquer situação desconhecida acelera meu coração e me faz suar. Na internet isso está classificado como transtorno de ansiedade. Sinceramente acho que estou doente. Eu quero a cura, mas sozinho não consigo, não tenho a mínima vontade para mudar, acho que quero tudo pronto, mas sei que isso se torna impossível, só não sei se tenho tempo para esperar, pois não quero mais esse vazio dentro de mim. o MEU NOME: T.A. (TRANSTORNO DE ANSIEDADE)

"A FACE DA DEPRESSÃO"

Quando não houver mais forças e não se encontrar fácil à saída, darei tempo ao tempo, talvez esse tempo seja tão longo que eu nem o sinta mais, apenas fique esperando ele acabar, simplesmente esperando. Quando o tempo não mais existir não precisarei mais preenchê-lo, portanto a minha presença nele também não fará mais sentido. Ao parar de preencher o tempo, o ar que respiro não precisará se manifestar, o sol não terá mais que se apresentar e a chuva nem se fará necessária. A natureza não precisará se renovar. Talvez eu durma para sempre num sono profundo, quem sabe eu possa preencher o tempo com os meus sonhos, possa ser o que eu queira ser de verdade e que jamais conseguiria estando perdido no tempo. Queria simplesmente fechar os olhos e acordar com outros sentimentos, sorrir o tempo todo com a plena satisfação de que estou fazendo algo certo e para todos. O que eu sinto nada tem haver com esse tempo em que estou e, talvez eu esteja em outro momento ou em outro lugar, eu não faço parte desse lugar, dessa cultura, dessa loucura. Estou velho e sinto ter perdido toda a minha história. Eu não sei explicar o que sinto, só sei que estou perdido e que ninguém nesse mundo poderá me achar, pois se quer pertenço a esse mundo. Vou sentar aqui e simplesmente esperar..

COMENTÁRIOS LITERÁRIOS

É maravilhoso ler um livro e se identificar com ele. Acredito que leitura seja isso, uma cumplicidade nossa com a história contada. A melhor leitura é aquela que permite nos transportarmos para o mundo da história. Gostoso vestir a máscara do personagem que a gente mais identifica na história. Melhor ainda é ser um personagem a mais. Ao interpretar um livro, de uma história qualquer, estamos colocando em prática o nosso estado de espírito atual. Conhecer um livro não é falar mal ou bem dele e sim complementá-lo. Um livro só nos fará sentido se estivermos abertos para seus componentes. Ler é muito mais do que passar os olhos sobre as palavras, ler é descobrir ou se descobrir em novos componentes. E eu que sempre gostei de ler de tudo, acabei comentando livros. O primeiro livro que eu comentei na vida foi a “Metamorfose” de Franz Kafka, um livro que na minha leitura trouxe componentes de um mundo real, apesar do uso das metáforas que nos levam em qualquer direção. Para quem não o leu, o livro trata da transformação de um ser humano em um inseto pela própria condição humana de tratar e de tratar-se. Diga-se de passagem, que essa é a minha leitura. Outro livro que achei muito interessante a leitura foi “O que é PUNK?” aqui vi componentes de construções sociais, grupos de rebeldia? Não, os punks, pelo menos os verdadeiros, eram pessoas bastante ligadas à política, a cultura e acima de tudo a imagem anti-burguesia, que se tornou ao longo dos tempos uma característica de grupos, todos os grupos tem em sua marca a imagem, destorcida ou não pela sociedade. Há sempre um protesto primeiro e legítimo que depois alguns seguem como modismo, por ignorantes eu diria. Alguns livros, o meu comentário teve sua publicação como “o meu gato de nome Mário”, uma linda homenagem ao poeta Mário Quintana, “Viagem ao Léu” um excelente livro de poesias onde cada poesia é um sentimento ou uma vivência real e alguns outros, mas o que eu mais gostei de ler e comentar foi “Quintais”, disse isso ao escritor porque passou uma retrospectiva da minha vida no interior, o livro tem ilustrações belíssimas e descreve os quintais perfeitamente. A minha leitura teve meus próprios componentes inseridos e de certo essa leitura fez muito sentido pra mim. Um adendo: Tem gente que acha que devemos esquecer o passado e eu digo “de jeito nenhum”, somos seres históricos e sem passado não há histórico de que fomos nos construindo como gente. O que devemos evitar é de nos “fixarmos” em qualquer tempo da vida porque temos que estar no real e atual para construir sempre. Recordar é bom e “Quintais” me levou a essa conexão, coisas de minha memória anterior voltaram e com a sensação de alegria pude vivenciar um conto a mais. Creio que ler é isso, se conectar com outros saberes e às vezes nos encontrar dentro desses. Portanto, ler é sempre bom.

MUNDO DA DANÇA

Eu te vi dançando lindamente. Encantei-me com tua dança particular. Assisti tuas dores nos pés a cada fim de espetáculo. Na verdade eu nunca te vi chorar por dor. Vejo-as em tuas expressões que ela existe. E eu te ofereço sempre sapatilhas novas. Você sempre prefere as antigas. Parece-me ter certo “quê” por essas. Sabes que teus pés continuarão a doer. O espetáculo será sempre belo pra mim. Tua dor foi tu quem escolheu. Pois continuo a te oferecer sapatilhas novas. A cada final de espetáculo.
Querida mãe Dedicaste a mim uma vida inteira Um tempo que eu nem sei ao certo Fez por mim tudo que podia Mas não fez por ti o que merecia Não era letrada, mas incentivava meu aprender Ficava a me esperar até de noite para me ver chegar bem Cuidava de minhas roupas, minha comida, minhas dores Amava-me Incondicionalmente Em meio as suas tristezas, tinha sempre um sorriso pra mim Difícil vida de solitária luta, esforço diário para manter a família Ensinou-me a repartir o pão porque sabia seu valor A sonhar sem medo, viver de esforço próprio Deixou seus sonhos para acreditar comigo em cada sonho meu Economizou cada centavo para me ver vencer Brigou junto comigo cada briga que travei Estando certa ou errada estava ao meu lado Apesar de virar estrela, ainda habita em mim Porque tudo que me ensinaste não se perdeu Vem se multiplicando a cada dia Assim, você está em cada lugar que eu estou Você está em cada coração que eu amo Em cada luta que eu travo Em cada gesto, cada olhar, cada pensamento Você estará eternamente em meu viver

SANGUE QUENTE

O sangue faz pulsar Passeia pelo corpo inteiro Parando em algum lugar Se ele demorar a passar Obstrui outras passagens Que se revoltam Não o deixando continuar E se todo mundo ficar parado Ninguém leva o alimento E sem se alimentar O corpo para O corpo precisa pulsar Cada batida do coração Depende do caminhar Do sangue que faz pulsar DOE SANGUE, SALVE VIDAS!!!
Contemplando a vida! “Eu me lembro da primeiras e segundas guerras mundiais, a primeira apenas de ouvir falar, já a segundo está vívida em minhas lembranças. Era manhã em uma época em que as manhãs eram início de trabalho árduo nas lavouras, mas o que chamava-nos atenção eram os aviões, suas fumaças. Apesar de se tratar de um momento muito frio na história humana, ficávamos a admirar nas manhãs a presença daquela bela esquadrilha da fumaça. Trabalhávamos o dia inteiro e no final, o velho e bom rádio, único naquele lugar noticiava mais mortes. Estávamos longe das cidades sangrentas, nossa pressa era de plantar e colher para alimentar quem nada tinha pra comer. Os médicos de outros países não davam conta dos ferimentos e recrutavam os nossos para cuidar de nossos outros irmãos. Aliás, nossos meninos, tão jovens estavam à frente de uma batalha que nem se quer tínhamos travado, alguns jamais voltaram, outros voltaram sem coração e alguns sem alma. Os heróis de guerra, os pracinhas receberam homenagens e em nome de todos que estiveram frente a frente com a morte e por nada. A miséria tomou conta das grandes cidades, ricos e pobres dividiram as mesmas preces, mas não os mesmos jantares. O trabalho ficou de lado, sem renda os homens ficaram desolados, principalmente por ver seus filhos com fome. As mulheres passaram a manusear sobras, sopões eram distribuídos no meio das ruas, o pão era repartido e apesar de tudo isso, uma lição de solidariedade foi imposta as pessoas. Eu vivenciei as piores crises, mas também me fortifiquei dando valor ao meu árduo trabalho na lavoura, pois mesmo vivendo na simplicidade, ainda tive dias felizes com a família, afinal ninguém fora atingido fortemente por nenhuma delas. Eu não sou letrado, aprendi a ler quando fiquei um tempo morando na cidade, entregando jornais passei a ler as figuras, das figuras somei as letras e na soma das letras as palavras, frases e assim por diante. Na verdade pensava ser mais difícil, mas quando se tem amigos, principalmente jornalistas a gente também tem oportunidades e agarrá-las nos ajuda a melhorar sempre. Vim conhecer cinema depois de muita curiosidade, Oscarito e Grande Otelo, na época os filmes brasileiros eram muito assistidos, aliás, havia uma preferência por atores brasileiros, não havia tradução dos filmes estrangeiros e as legendas eram péssimas. Já as canções eram muito românticas e combinavam com nossos trajes sempre elegantes, ternos e chapeis, que charme. A primeira vez que assisti Charles Chaplin fiquei embasbacado, como era que aquele homem conseguia sem falar uma só palavra poderia transmitir tanta coisa importante. Poucas vezes pude ir ao cinema, mas as vezes que fui eu me encantei. Voltei pro roçado e lá ficava sonhando, a cidade nos causa essa impressão de grandiosidade, o rádio, meu fiel companheiro me trazia as novelas e minha amada esposa parava alguns instantes dos seus afazeres para apreciá-las. As vozes, as tramas, as lágrimas, histórias iguais as nossas e que tinham sempre finais felizes. As músicas de fundo eram belíssimas canções que nos embalavam a sonhar. O ainda menino Roberto Carlos e o já maduro Nelson Gonçalves eram as nossas bênçãos. A menina dos nossos corações era Dalva de Oliveira, a estrela maior. As musas brasileiras tinham vozes espetaculares e o rádio era uma benção em nossos dias. Nossos filhos não se adaptaram ao campo e foram morar na cidade grande, quiseram nos levar, mas coração de campineiro não abandona seu lar. Eu e minha amada, já cansados ficamos inicialmente numa situação calamitosa, pouco trabalho, sem dinheiro e o tempo só pra lembrar. Deus é grande e para todo homem de boa fé Ele concede nova chance e as coisas se ajeitaram. Os meninos cresceram, fizeram suas famílias, os netos nos visitam eventualmente, mas nunca saberão o sabor do campo, da simplicidade e da paz. Quisera eu poder ensiná-los, mas a vida na cidade a luta é diária, engraçado fazerem sacrifício para comprar na venda aquilo que plantamos aqui. A vida se tornou esquisita, quando vem aqui ficam escandalizados ao tirarem o leite da vaca e nos ver capinar, não conseguem se quer apanhar uma pêra no pé e nem rançar uma hortaliça do chão. Creio que o homem da cidade não tem muita vontade, acham que são sábios por poder comprar seu pão de cada dia, mas eu ainda acredito que sábio mesmo é quem planta, colhe e sabe fazer o seu próprio pão, o resto é pura ilusão, porém, somos considerados uns coitados e nos nosso quase cem anos de idade, ainda há estrelas no nosso céu, água no nosso chão, terra para se plantar e o café bem quentinho, cheiroso, o bolo de fubá, a manteiga, o leite puro para se tomar. Confesso que a ilusão da cidade me encantou, mas na minha idade creio que o campo ainda é meu lugar, meu porto seguro. Amo meus filhos e netos. Eu tenho amigos, uma carroça, um burro e muita vontade de viver. Agora tenho também você, desconhecido, que com ajuda dessa pessoa que escreve meus pensamentos, pôde me conhecer. Qualquer dia apareça, terei um enorme prazer em recebê-lo, na simplicidade, mas com muito carinho”. **Vovô Neco**

AMOR SOLIDÁRIO

Há muito tempo homens e mulheres tentam entender o que é o amor, o que na verdade é quase impossível, pois o amor é invisível a olhos nus, ele é parte da alma humana. O que sabemos sobre ele é que existe em nós com tamanha força que podemos compará-lo a um vulcão, sempre ardente e a espera de algo que o faça despertar. Certamente em alguns momentos da vida sairá de forma avassaladora e com direção já definida. Dessa forma simples de conceber o amor é que venho falar como poderia ser solidário se ao menos pudéssemos controlá-lo. Eu não penso que isso seja unânime e nem que as pessoas acreditem, mas que seria mais humano se não jogássemos fora tantas formas de amar. Muitas vezes as pessoas saem a procura de referências para seu viver lá fora, longe de sua capacidade de entender. Por não achar referências que o atraia padecem e entristecem sem ao menos perceber. Nessa busca constante sempre há algo de alguém que lhe chama atenção. Por um brilho qualquer, pelo movimento, pela liberdade ou pela coragem de ousar. Esse encantamento faz com que o olhar se fixe naquilo que o atrai e começa todo um processo de invasão em seu interior. O que as vezes acalma ou as vezes aborrece; uma intrigante batalha entre o desejo e a realidade de seu ser. Por achar que não pode atingir ou que possa perder não ousa tocar, prefere apenas olhar a distância e ver os movimentos. Porém, persiste assim uma batalha quase que desesperadora, pois o que é belo e intocável, também pode se tornar em certo momento desprezível, visto que, não há retorno. O inatingível quando desejado machuca um coração descontrolado. Toda uma batalha interna começa, se desenrola e termina dentro de um ser único, pois se não verbalizado ao objeto de desejo, esse se torna apenas matéria. Como não há trocas afetivas maiores também não há uma relação consciente e tudo pode se esgotar ou virar uma eterna angústia, pois com essa mesma visão, outros objetos de desejo surgirão da mesma forma e serão submetidos ao mesmo ciclo de pensamentos e desejos. As relações poderão se tornar mais eficientes se a forma de amor apresentada for a compartilhada. Essas trocas poderão acontecer em vários níveis; o desejo pode tomar a forma de amizade e, mesmo que a pessoa tenha um desejo de elo maior poderá ceder algumas de suas investidas sem que essa lhe cause extrema angústia. Na verdade, essa forma compartilhada é a mais praticada entre os seres humanos, não que seja a mais equilibrada, mas de fato uma grande amizade pode surgir de afetos maiores e de olhares mais aguçados, mais atentos ao outro. Um amigo mais íntimo se intromete na vida do outro por achar parte afetiva dessa relação, de certo terá ciúmes de outros carinhos direcionados ao amigo, porém, se a comunicação estiver bem estabelecida e as verbalizações forem trocadas a fim de compartilhar feitos e “eventos” de ambas as vidas, dores maiores poderão ser evitadas e a solidão que tanto adoece os seres humanos na humanidade passaria a ser em menores níveis e essa prática atual de isolamento deixaria de ser generalizada, ou seja, haveria uma queda expressiva da solidão humana. O fato é que o ser humano precisaria mudar urgentemente a mentalidade excludente e ao invés de isolar aquele que lhe tem afeto, deveria buscar formas de acolhimento, afinal quem demonstra carinho, respeito e admiração por alguém, mereceria ter de volta a mesma atenção. Estamos falando de algo importante e que todo ser humano deveria praticar, a solidariedade, pois esse é o princípio da paz na humanidade. O ser solidário não seria somente ir a eventos de caridade ou praticar eventualmente ações consideradas sociais, teríamos que ir além e praticarmos em nosso dia-a-dia ações mais humanitárias, tratar o próximo com respeito seja ele quem for porque se uma pessoa é ruim o problema estará em sua visão distorcida das coisas e nós deveríamos dar a ela uma chance de ter novas formas de sentir, ver e experimentar o mundo, assim como nós gostaríamos que fosse, com o nosso melhor. O que acontece em todo o mundo será sempre fruto de nossas ações, portanto, a presença humana é fundamental e se esse mundo fosse feito de forma mais relacional e menos individualizada, o calor humano seria muito mais vívido e as pessoas teriam mais oportunidades de se recuperarem quando fossem acometidas de alguma enfermidade. O amor, esse que todos almejam é um exercício diário com o outro e nos é tão precioso quanto o tempo, pois é uma fonte de energia inesgotável e que devemos valorizar sempre. Finalizando, se estamos bem em nosso caminho e por ele passa um que não está, devemos diminuir nossos passos e ajudá-lo na construção do seu caminho, pois nascemos para as relações e se chegarmos antes de outros, de certo teremos que esperá-los, então, sabiamente devemos ir juntos, pois poderemos desfrutar assim de uma grande companhia e ajudá-lo a não se sentir sozinho. Um ajudando o outro, sempre. Essa seria então a grande lição do amor? Seria o caminhar levando sempre em consideração o outro, aproveitando dos laços afetivos de uma grande companhia?! E que nunca se esgotem as formas de amor existentes no mundo e que se ampliem as amizades mais profundas!

Prece do Sol

Ele tinha 100 anos de idade Todos os dias fazia uma caminhada ao amanhecer Cego ele era, mas sentia o calor e alguma claridade Essa claridade o fazia feliz Certo dia amanheceu escuro e Ele pensou que não havia amanhecido Sentia pelo tempo de espera que algo estava errado Pensou, pensou e pensou sobre isso Ficou acordado até o dia seguinte Amanheceu de novo, com claridade Ele cansado foi caminhar Sua última caminhada No meio do caminho sentiu-se cansado Parou e sentou-se ao chão Deus recolhera sua luz Pois era ela quem brilhava. Agora ele é Sol Seu brilho aparece todas as manhãs No chão coloca suas sombras Para que outros não se percam no caminho

Deus sabe o que faz!!!

Diante da vida humana, pessoas cometem atos abomináveis, depois se arrependem, mas deixam cicatrizes. Pessoas não se importam com suas ações, apenas pensam em si mesmas e todo o resto que se dane. O mundo anda cada dia mais "invisível", alegrias disfarçadas, enquanto poucos lutam, muitos matam essa luta. Uma vida inteira para se aprender e o que se aprende em demasia é o descaso com o outro. Se falamos em amor, acham que é tudo mentira, preferem acreditar nas loucuras. A vida ensina, as pessoas deveriam evoluir, mas são poucos que chegam lá. Deus abençoe corações aflitos, ampare os que nada sabem e ajude a quem mais precisa. Um dia a vida muda e quem sorri irá chorar e quem chora irá sorrir. Assim seja, o importante é ter a certeza daquilo que se é na vida! O importante ainda é ter um bom coração!