domingo, 6 de setembro de 2009

VIDAS PARALELAS

ALZHEIMER, almas aprisionadas!
TRISTE REALIDADE. "Chego sorrateiro na companhia do tempo, que precariamente lhe consome.Infiltro-me no processo de envelhecimento, me fazendo natural em seu esquecimento,em sua desorientação do não lembrar. Mas, meu objetivo maior é destruir...progressivamente seus neurônios, é lhe deixar em completa apatia,sem motivo aparente, se possível lhe levar à depressão,roubar-lhe seu juízo e critica, na confusão de seu raciocínio. Torna-se sua incessante ansiedade, sua inquietação, sua agressividade. Desorganizar seu sono e seus pensamentos em delírios. Dificultar sua locomoção, lhe deixar em total dependência. Roubar-lhe sua funcionalidade, seu cognitivo racional, seu cérebro. Sou o mal crônico a causar sofrimento, esteja atento. Sou... ALZHEIMER!"
E quando começamos a viajar no tempo descobrimos o quanto as pessoas se esquivam da vida. Criam uma rigidez em seu viver capaz de apagar tudo que há de vida em si mesmas. Pessoas dão preferências as formas e quando essas não mais lhe servem por algum motivo qualquer não resistem e querem "ir embora", tal vontade leva o cérebro a degenerar e todo o mais ir junto. Assim, o ser em si passa a não existir e fica apenas aquilo que se desejou toda uma vida, a forma. Essa perde a beleza ficando apenas às sombras, permanecendo apenas os traços daquilo que chamamos a vida inteira de plena solidão. E tudo se vai, como um vulto, o que começa grande vai diminuindo até virar-se início de vida e desaparecer por completo.

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